MINICURSO DE SOCIOLOGIA BRASILEIRA

Período: 26 a 30 de novembro de 2018

Hora: 15h-19h

Local: sala 15 do PPGSA

 

Ementa:

O curso pretende abordar os processos que antecedem e ao mesmo tempo participam do surgimento da sociologia crítica no Brasil. Destaque nesse sentido deve ser dado aos debates ocorridos entre Florestan Fernandes e Guerreiro Ramos sobre o papel do sociólogo em tempos de mudança. Enfocar também Gilberto Freyre, o regionalismo e o pensamento sociológico do centro sul, defendendo o luso tropicalismo e a autonomia sociológica das regiões. O curso buscará destacar a importância da questão agrária e urbana e da questão nacional e regional, ressaltando a emergência de novas correntes sociológicas comprometidas com temas e problemas do Brasil contemporâneo.

 

As entrevistas de mestrado, anteriormente publicadas, ocorrerão na sala da Coordenação no PPGSA

ENCONTROS SOCIOANTROPOLÓGICOS EM NOVA DATA: QUINTA-FEIRA, DIA 08/11, ÀS 14 HORAS

 

O Encontros Socioantropológicos convida Luzia Gomes Ferreira para uma conversa sobre os itinerários diaspóricos da arte africana em Portugal! Venham conosco!!

 

ENTRANHAMENTOS E ESTRANHAMENTOS NA OUTRA MARGEM ATLÂNTICA: Estudando Arte Africana Contemporânea Fora De Casa

Repensando o Processo

 

Encontros Sócio-Antropológicos é uma iniciativa do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA), com o propósito de provocar trocas, questionamentos e convergências entre perspectivas variadas da reflexão e da atividade de pesquisa nas Ciências Sociais e nas Humanidades, bem como da sociedade.

Neste Encontros, a Sociologia e a Antropologia dialogam com a produção cultural e artística em Lisboa, tomando as Artes Visuais Africanas por fio condutor dos itinerários de Luzia Gomes Ferreira, nossa convidada, com a participação de Edna Alencar, como debatedora.

 

Profª Dra. Luzia Gomes Ferreira é poeta, feminista negra e professora do Instituto de Ciências da Arte (ICA/UFPA), com formação acadêmica em Museologia e Antropologia Social, com interesses de pesquisa em Patrimônios; Museus e Teoria Museológica; Gênero; Arte Africana Contemporânea; Representações Imagéticas do Corpo Negro nas Artes; Cinema e Poesia. É autora do livro de poesia Etnografias Uterinas de Mim (2017), publicado em Lisboa.

Profª Dra. Edna Alencar é antropóloga social e professora do Instituto de Ciências Sociais (ICS/UFPA), líder do grupo de pesquisa Estudos sobre Populações Tradicionais, Identidade, Gênero e Ambiente (GEPTIGAM / UFPA), com interesses de pesquisa em gênero, antropologia ambiental e antropologia social e cultural.

 

Local: Laboratório de Antropologia (LAANF).

Data: quinta-feira, 08/11/2018.

Horário: 14 horas.

 

O presente Encontro contará com a emissão de certificados às participações assinadas. Aguardamos vocês lá!

Informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

O "Café com ciência", da Coordenação de Ciências Humanas, convida você a participar da Palestra "Vamos segurar nossas pontas!” Paisagens em movimento e domínio sobre os lugares no rio Arapiun.

Dia 31 de outubro às 15h

Palestrante: Drª Emilie Stoll (CNRS – Centro Nacional de Pesquisa Científica / França)
Local: Sala nº 06 - Auditório Paulo Cavalcante.
OBS: O evento acontecerá, excepcionalmente, na Sala 06, do Auditório do Campus de Pesquisa do Museu Goeldi devido a ocupação das salas da Coordenação de Ciências Humanas por ocasião do Museu de Portas Abertas.

 

Resumo: As pontas são feições salientes das paisagens de praia encontradas nas beiras dos rios Arapiuns e Tapajós, na região de Santarém-PA, no Baixo Amazonas. As mudanças sazonais constantes se veem de maneira marcante nas pontas: elas oscilam entre o seco e o molhado, ora são faixas de terra emersas e visíveis, ora estão sob a água e são pouco visíveis. Elas constituem um prolongamento de terra que adentra o rio e são consideradas pelas populações locais como uma passagem entre a superfície e o fundo. As pontas são, portanto, um espaço liminar, de interface, onde os humanos encontram-se com seres subaquáticos, os encantados. Essa liminaridade se expressa também no seu caráter híbrido, já que ali se encontram diferentes elementos (água/terra), diferentes mundos (terrestre/subaquático, humano/não humano) e, como veremos, diferentes períodos (passado/presente). Em um quadro renovado de estudos sobre as relações entre as Sociedades e o meio ambiente[1][1][1], as paisagens não são mais consideradas como simples panos de fundo sobre os quais se realizam as atividades sociais. Seguindo essa linha, apresentarei um estudo relacional do conceito amazônico de pontas, tal como percebido pelos moradores do rio Arapiuns, o último afluente do rio Tapajós. Mostrarei como o padrão de interações entre vários coletivos de “donos” – sejam eles humanos ou não humanos, que residem juntos em pontas específicas - informa a maneira como as pessoas se relacionam com os lugares. As transformações nas paisagens resultam dessas interações e induzem mobilidades de pessoas e de não humanos ao longo do rio, legitimando as ocupações territoriais de alguns grupos familiares em determinados lugares. Em uma região onde não houve até hoje uma regularização fundiária satisfatória, as transformações das paisagens ecoam as formas de domínio da terra.

É um momento importante de interação e troca de conhecimento. Contamos com a sua presença!


Evento gratuito.