Qual será o futuro da Antropologia Visual? Quais as perspectivas na área da empregabilidade e quais seus benefícios para a população traz essa área do conhecimento das Ciências Sociais, que nem sempre recebe a devida importância?

Essas foram as discussões que marcaram a terça-feira da semana passada, 25, em uma palestra do Encontro de Antropologia Visual da América Amazônia (II EAVAAM) que se estendeu até o dia 27 de outubro em Belém.

A palestra ocorreu no auditório Benedito Nunes e  contou com a participação do pesquisador José da Silva Ribeiro, docente da Faculdade Aberta de Portugal e professor visitante da Universidade Federal de Goiás (UFG). O pesquisador lembrou diversos fatores que caracterizam a Antropologia Visual atualmente e como eles podem ser adaptados e modificados para a melhoria da qualidade de pesquisa nessa área.

Dentre eles, foram citados o reconhecimento que o campo vem obtendo nas comunidades e instituições científicas pelo mundo, por meio de disciplinas que abrangem temas da Antropologia Visual, além dos referenciais históricos e midiáticos presentes em filmes e em outras produções audiovisuais, que abordam a temática de uma forma mais próxima do público em geral.

Também foram citados como fundamentais para o desenvolvimento da área o contato direto com as pessoas e o estudo das atividades populares, como o grafitti por exemplo. Além de citar os indicadores metodológicos para que isso aconteça, como o diálogo, o curso das narrativas e a prática do trabalho no campo.

 

II EAVAAM - A segunda edição do evento contou com uma extensa programação de oficinas, mostra de filmes, trabalhos em grupo e mesas-redondas em torno do tema “Debates contemporâneos sobre audiovisualidades nas Ciências Sociais”.

Segundo a professora Denise Machado Cardoso, coordenadora do projeto, o II EAVAAM buscou discutir questões da antropologia visual da atualidade como produções fílmicas, fotográficas, grafitagem, experiências etnográficas, e suas interfaces interdisciplinares. “O II EAVAAM tem como objetivo a discussão e a divulgação da Antropologia Visual dentro da perspectiva da atualidade, do uso das novas tecnologias e de um olhar que parte da América Amazônica para o mundo”, afirmou.

 

Texto: Caio Maia (IFCH/UFPA) - Adaptado